1. Prepare-se com Informações Confiáveis
- Conheça os fatos: No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa desde 2009, mas o consumo entre jovens cresceu 300% na última década (dados do Instituto Nacional de Câncer).
- Entenda os riscos: Explique que muitos vapes ilegais contêm nicotina oculta, metais pesados e substâncias ligadas a doenças pulmonares (ex.: EVALI).
2. Escolha o Momento Certo
- Ambiente descontraído: Inicie a conversa durante atividades cotidianas, como no almoço de família ou no caminho para a escola.
- Use exemplos locais: Cite reportagens brasileiras (ex.: matérias da Globo ou campanhas como #VapeMata) para contextualizar o assunto.
3. Evite Julgamentos e Suposições
- Perguntas abertas:
- “O que você acha sobre o uso de vapes entre seus amigos?”
- “Já te ofereceram algum desses dispositivos na escola ou em festas?”
- Não revire pertences: Invadir a privacidade do jovem pode quebrar a confiança. Priorize o diálogo.
4. Mantenha a Conversa Equilibrada
- Ouça mais, fale menos: Deixe que o jovem expresse suas opiniões. Muitos usam vapes por pressão social ou curiosidade.
- Linguagem corporal positiva: Mantenha contato visual e evite braços cruzados, que podem transmitir rigidez.
5. Seja Honesto, Sem Exageros
- Destaque riscos reais:
- “A nicotina pode prejudicar a memória e o aprendizado, segundo estudos da USP.”
- “Vapes ilegais já causaram internações por queimaduras pulmonares no Brasil.”
- Evite mitos: Não use frases como “vaping mata instantaneamente” – foque em dados comprovados.
6. Reforce Preocupação com Saúde (não com Castigo)
- Foco no cuidado:
- “Me preocupa pensar que esses dispositivos podem afetar seu futuro.”
- “Quero que você tenha uma vida saudável para correr atrás dos seus sonhos.”
- Mencione consequências legais: No Brasil, transportar vapes pode resultar em multas de até R$ 5 mil (Lei 12.546/2011).
7. Ofereça Apoio, não Ameaças
- Alternativas saudáveis: Sugira atividades como esportes, grupos de arte ou projetos sociais para aliviar estresse.
- Canais de ajuda: Indique o Disque Saúde 136 ou o Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas) para orientação profissional.
Exemplo de Diálogo
Pai/Mãe: “Filho, vi uma reportagem sobre jovens usando vapes, e fiquei preocupado. Você já viu isso na sua escola?”
Jovem: “Já, mas todo mundo usa…”
Pai/Mãe: “Entendo que pode ser comum, mas muitos desses vapes têm nicotina escondida, que vicia rápido. Quero que a gente converse sobre isso sem julgamentos. Como você se sente em relação a isso?”
Por que Funciona?
No Brasil, 68% dos adolescentes afirmam que dialogar com os pais reduz a curiosidade sobre drogas (dados da Unifesp). A abordagem empática, aliada a informações locais, fortalece a prevenção sem afastar o jovem.